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Para os brasileiros que viveram a época, o 24 de agosto de 1954, quando o presidente Getúlio Vargas matou-se com um tiro no coração, teve um impacto tão grande quanto seria, para os americanos, o 22 de novembro de 1963, dia do assassinato de John Kennedy. Marcos Rey - que estreara na literatura um ano antes do suicídio de Getúlio[PW1] -, usou o episódio histórico como pano de fundo de um de seus romances mais deliciosos e bem construídos. Ópera de sabão, publicado originalmente em 1980, é um folhetim escrito ao estilo das antigas novelas do rádio. A história gira em torno de uma família paulistana: o carreteiro Manfredo Manfredi, getulista fanático, sua mulher, Hilda, que também é Madame Zohra - conselheira sentimental de um programa radiofônico de grande audiência - e os três filhos do casal. Dois deles mostram, já no nome, as contradições da personalidade do pai. Um chama-se Lenine, o outro Benito (em homenagem a Mussolini). A filha é a bela e ambiciosa Adriana. Ao receber a notícia da morte de Getúlio, Manfredo fica transtornado. Decide fechar sua minúscula empresa de transporte (com um caminhão só, que ele mesmo dirige), pega o revólver e anuncia que irá ao Rio de Janeiro para matar o político Carlos Lacerda, a quem considera o responsável pela tragédia. Para descobrir se vai, não vai, se mata, não mata, o leitor terá apenas que abrir a primeira página desta Ópera de sabão , afirma, na orelha do livro, o escritor Reinaldo Moraes. Aí não tem mais jeito: será tragado pela prosa cômico-farsesco-dramático-folhetinesca de Marcos Rey para dentro de uma hilariante e comovente saga urbana dos anos 50.
Ficha Técnica
Detalhes técnicos do produto:
Código | L55239613 |
Código de barras | 9788535903393 |
Marca | CIA. DAS LETRAS |