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Aclamado pela crítica e pelos leitores, quando foi lançado em 1975, o livro A MORTE DE D.J. EM PARIS, de Roberto Drummond, foi logo considerado como um divisor de águas da literatura brasileira contemporânea. Por todas as inovações estilísticas e de linguagem, a obra, além de render ao seu autor o prêmio Jabuti do ano, teve o imediato reconhecimento acadêmico tanto no Brasil como no exterior e gerou vários estudos e teses. Em dez contos emblemáticos, o escritor mineiro revela a delicada fronteira entre realidade e fantasia. O clima urbano, a linguagem pop e direta permite que o leitor se torne cúmplice destas narrativas curtas sobre o homem contemporâneo e seu mundo fragmentado e paradoxal. É a prisão que liberta a moça na janela, são os homens de óculos ray-ban, as diáfanas mulheres de azul, os sonhos feitos de caixas de sabão em pó. É nosso cotidiano de pequenas anormalidades. Drummond não constrói seus personagens pelo ponto de vista do narrador tradicional, mas identifica-os pelas marcas-registradas que codificam o mundo moderno ? é a marca do cigarro, da escova de dentes, do refrigerante. Perdidos em meio à selva iluminada das metrópoles, seus personagens só sobrevivem porque sonham. Sonham tanto que já não é tão importante saber exatamente onde estão. No conto que dá título ao livro, por exemplo, um professor de literatura transforma seu sótão numa Paris imersa em tons de azul. O que teria acontecido com D.J? Estaria morto em meio aos seus cartões-postais ou belo e jovem flanaria pela cidade-luz? Quem seria capaz de decifrar seus desejos naquele inquérito policial? A morte de D. J. em Paris integra a série Biblioteca Drummond que vai relançar a obra completa de Roberto Drummond, revista pelo autor, e com tratamento editorial de coleção. Um dos mais lidos, estudados, e comentados autores brasileiros, motivo de inúmeras teses de mestrado e doutorado, Roberto Drummond nasceu na Fazenda do Salto, município de Santana dos Ferros, no Vale do Rio Doce, uma das mais violentas regiões de Minas Gerais, terra de pistoleiros, lobisomens, almas do outro mundo e de grandes contadores de histórias, seus primeiros mestres literários. Jornalista nos anos 60 e, mais tarde, cronista de futebol ? destino inevitável aos que eram classificados como subversivos pela ditadura militar ? , estreou na literatura ganhando, em 1971, com A Morte de D.J. em Paris, o maior prêmio literário brasileiro da época, o Concurso de Contos do Paraná, que antes havia premiado Dalton Trevisan, Rubem Fonseca e Garcia de Paiva. Transformado em livro de contos e editado pela Ática, com uma tiragem recorde na época (30 mil exemplares), recebeu o Jabuti, como autor revelação, em 1975. Em sua fase de literatura pop, escreveu o romance O Dia em que Ernest Hemingway Morreu Crucificado, saudado pelo cineasta Glauber Rocha como um maravilhoso panfleto antiimperialista . Encerrando o ciclo pop, escreveu o romance Sangue de Coca-Cola e o livro de contos Quando Fui Morto em Cuba. Iniciou uma nova fase literária com os romances Hitler Manda Lembranças e Ontem à Noite Era Sexta-Feira. Em 1991, com o romance Hilda Furacão conheceu seu maior sucesso. Durante mais de um ano figurou em todas as listas dos mais vendidos do país. Traduzido para o francês e o espanhol, e em tradução para o sueco, o livro foi escolhido por um júri formado por especialistas e professores de literatura, numa promoção do jornal O Globo, como um dos cem melhores do século em língua portuguesa. Levada ao ar pela TV Globo, a história, adaptada por Glória Perez, virou uma das minisséries de maior sucesso da televisão brasileira.
Ficha Técnica
Detalhes técnicos do produto:
Código | L55211015 |
Código de barras | 9788573024401 |
Marca | OBJETIVA |